A história desse quilombo se remonta a partir da segunda metade do século XX.
No Quilombo existem manifestações culturais que representam a comunidade, como o culto à divindades da umbanda, o festejo de bumba-boi e a grandiosa Festa do Divino Espirito Santo que acontece todos os anos no mês de maio.
A Festa do Divino movimenta a comunidade o ano inteiro, pois é através dessa tradição que se possibilita a troca com outros territórios, a visita de pessoas de outras comunidades, movimentando a economia criativa do local. Atualmente, segundo os moradores, cerca de 20 mulheres fazem parte do grupo das caixeiras.
Outra forma de movimentar a cultura da comunidade é com a acolhida de pessoas que vem de comunidades nos arredores para pagar promessas aos santos e entidades cultuados na umbanda.
De modo geral, a comunidade se mantém da caça e do roçar, plantio e colheita de vegetais. Todos se movimentam na execução dessas atividades: em geral, as mulheres que não trabalham em casas de família nas comunidades vizinhas ou no centro da cidade de Pindaré Mirim, ficam encarregadas de tecer e preparar as tarrafas, os homens se organizam em torno da pesca propriamente dita.
Recentemente, a comunidade também passou a produzir trabalhos artesanais com a matéria-prima do coco babaçu, juçara, sapucaia, entre outras plantas comuns na região. A partir do coco babaçu, por exemplo, aprenderam através de um curso realizado com os moradores a extrair e produzir o azeite, que atualmente é vendido por R$ 25 a garrafa. Também realizam colheita do coco, produção de carvão e leite de coco.
